sábado, 31 de julho de 2010

Concertos: Fuji Rock Festival - Niigata - Japão (30 de Julho)


Setlist do concerto realizado no Japão, o primeiro na Ásia da The Resistance Tour


1 - Exogenesis: Symphony, Part 1: Overture
2 - Uprising
3 - Supermassive Black Hole
4 - Map of the Problemathique
5 - New Born
6 - Interlude
7 - Hysteria
8 - Nishe
9 - United States of Eurasia
10 - Undisclosed Desires
11 - Resistance
12 - Time Is Running Out
13 - Starlight
14 - Stockholm Syndrome

Encore:
15 - Plug in Baby
16 - Knights of Cydonia (Man With a Harmonica Intro)



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Reportagem: Muse - Os senhores do Universo




Não são estreantes no Rock In Rio Lisboa, onde estiveram há dois anos. Agora, o trio leva o enredo «conspirativo» de The Resistance para um palco em constante movimento, com plataformas elevatórias, lasers, balões gigantes… Tudo porque as intenções, dizem eles, sempre foram megalómanas. Mário Rui Vieira conta como, em apenas dez anos, a banda de Matt Bellamy se tornou uma das melhores do mundo.

São grandes em (quase) todo o mundo – os Estados Unidos só agora começam a reparar na sua existência – e cada vez maiores em Portugal. Os britânicos Muse, oriundos da pequena cidade de Teignmouth, no Sudoeste da Inglaterra, têm regresso marcado a Lisboa e ao Palco Mundo do Rock In Rio, onde actuarão como cabeças de cartaz do terceiro dia do festival. Há dois anos, na terceira edição do evento, subiram ao palco antes dos Offspring e dos Linkin Park. Com cinco álbuns de originais, mais de oito milhões de discos vendidos em todo o mundo e uma série de prémios a legitimar o seu sucesso, os Muse já não precisam de se justificar para encabeçar um festival.

«Estar numa banda rock é um acto de rebeldia» Dominic Howard á revista Q

O percurso dos Muse em palcos portugueses é revelador do crescente sucesso desde que a banda se estreou com o álbum Showbiz em 1999. Depois de uma actuação no festival Ilha do Ermal em 2000 (ao lado de nomes como Deftones, Limp Bizkit ou Blind Zero) Matthew Bellamy e companhia regressaram em 2002 para um concerto «familiar» mas explosivo na Aula Magna, em Lisboa. Desde então, a banda tem voltado para actuar em festivais – no Sudoeste tocaram também em 2002; subiram ao palco do Super Bock Super Rock em 2004; e em 2008 actuaram então no Rock In Rio Lisboa – mas também para alimentar uma relação íntima com os fãs em nome próprio: em 2006, a Praça de Touros do Campo Pequeno acolheu-os e já no final de 2009 esgotaram por completo a lotação do Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Já com The Resistance, o mais recente álbum de originais, na manga, os Muse encheram a sala do Parque das Nações de raios lazer, muita cor, efeitos luz, balões gigantes e plataformas elevatórias. Como a Blitz escreveu na reportagem do concerto: «A componente visual dos espectáculos do trio de Teignmouth, à qual sempre foi dada a devida atenção, está mais aguçada que nunca, com as teorias da conspiração que o líder Matthew Bellamy tanto gosta a reflectirem-se nela. Feixes de laser e um esquema de luzes que deixa qualquer um como um burro a olhar para um palácio, ajudam a construir um ambiente perfeito de tensão extasiante».



Tudo para dar uma nova dimensão às canções conspiratórias de um álbum que os fez quebrar de vez a barreira que os separava do sucesso nos Estados Unidos (subiram a um honroso terceiro lugar na tabela de vendas e um pouco por todo o mundo – Reino Unido, Austrália, França e Irlanda são apenas alguns dos países – o álbum escalou até ao topo). O espectáculo apresentado em Lisboa em Novembro passado não deverá ser muito diferente daquele que a banda trará ao Palco Mundo do Rock In Rio: as canções de The Resistance terão com certeza um lugar de destaque, com «Uprising», «Resistance» e «Undisclosed Desires» a ameaçarem tornar-se pontos altos da actuação, sem esquecer no entanto, os grandes sucessos do passado, como «New Born», «Supermassive Black Hole»,«Hysteria»,«Plug In Baby» ou «Time Is Running Out», tudo canções que deixaram o Pavilhão Atlântico ao rubro.

«Eu não queria (ser o líder), mas não conseguíamos encontrar outra pessoa. Sou um líder algo relutante» Matthew Bellamy á revista Q

Eles nunca quiseram ser os Nirvana…ou quiseram?

Matthew Bellamy, líder incontestado dos Muse, tem música a correr-lhe nas veias. O músico é filho de George Bellamy, guitarrista dos Tornados, banda britânica que fez sucesso nos anos 60 e acabou por se tornar responsável por um feito notável: foi o primeiro projecto britânico a chegar ao primeiro lugar da tabela de singles norte-americana – com o tema instrumental «Telstar», em 1962. O músico acabaria por se retirar da música, mas incutiu sempre no filho um gosto pela música, encorajando-o a aprender a tocar piano ainda em tenra idade. Apesar de ainda hoje se atirar de vez em quando aos teclados, a guitarra tornou-se o instrumento de eleição de Matthew Bellamy desde o divórcio dos pais, durante a sua adolescência.Como o músico explicou á revista norte-americana Rolling Stone em 2009: «Tenho a certeza de que isso teve algo a ver com o meu pai. Sentia a falta dele e virei-me para a guitarra». «Telstar», o tal tema que marcou o percurso dos Tornados, reflecte também segundo o músico, algumas influências que a música do pai teve nas suas composições, nomeadamente em «Knights Of Cydonia», tema que encerra o álbum Black Holes & Revelations, de 2006, «[“Telstar”] ainda se destaca como música bastante invulgar, especialmente para a época em que saiu. Sempre pensei que ser inovador, fora do comum, era uma coisa boa», confessa Bellamy. O objectivo é, portanto, conseguir suplantar a conquista dos Tornados: «Estranhamente, o meu pai acha que consegui safar-me bem melhor, em termos de sucesso, Se conseguir levar um álbum ao número um dos Estados Unidos, ficamos verdadeiramente quites».

Muito antes de se tornarem uma banda de culto, no inicio dos anos 90, os três elementos dos Muse conheceram-se enquanto frequentavam o Teignmouth Community College. Apesar de, em 2000, em entrevista á Blitz, o baixista Chris Wolstenholme ter assumido que entre as bandas que ouviram «e que mais marcaram a música que fazemos agora» se encontravam os Smashing Pumpkins e os Nirvana, nenhum dos três elementos queria, nas bandas que formaram durante o percurso na escola secundária, soar aos Nirvana. Foi, de resto, isso que nos uniu. «Estar numa banda rock era um acto de rebeldia na altura», recordava o baterista Dominic Howard em entrevista á revista Q no ano passado. «Toda a gente gostava muito de música de dança e rap. Mas no mundo do rock havia uma grande resistência quanto a testar novas ideias».



No período em que andaram no Teignmouth Community College , Wolstenholme fez parte de um projecto intitulado Fixed Penalty, Bellamy emprestou a sua guitarra a sua guitarra aos Carnage Mayhem, mas Howard conseguiu puxá-los para a sua banda, os Gothic Plague. «A minha banda era bem mais cool, portanto o Matt deixou a dele para se juntar a mim», disse o baterista à revista Q. Foi nessa primeira banda que Bellamy começou a esboçar uma liderança apoiada nas vocalizações e escrita de canções. «Eu não queria, mas não conseguíamos encontrar outra pessoa. Ficou comigo aquela sensação de ser um líder algo relutante», explica Bellamy.

E como nasceram então os Muse? Em 1994, o trio venceu um concurso de bandas local, com o nome de Rocket Baby Dolls, e decidiu que queria levar a música mais a sério. «Começávamos a ver todos os nossos amigos a caminho da universidade e nós continuávamos aqui sem fazer nada. Sentimos necessidade de arranjar algo para nos entretermos», explicou Wolstetnholme à Blitz seiis anos depois da vitória dos Baby Dolls. A amizade, essa manteve-se uma constante até hoje: «Obviamente que já tivemos algumas brigas, mas conseguimos encontrar um bom equilíbrio. Ainda conseguimos ver-nos uns aos outros como éramos antes de ser puxados para este ambiente. Penso que isto significa que a nossa amizade é intocável», confessou Bellamy à Q, em 2007.

A escalada até ao topo

Depois de alguns anos a tocar em cidades como Manchester ou Londres, os Muse editaram finalmente o primeiro EP, homónimo, em 1998. Pouco menos de um ano, e já com contrato assinado pela editora Taste Media, a banda lançava um segundo registo: em pouco mais de 20 minutos apresentavam um cartão de visita que lhes garantiria, poucos meses depois, a edição do primeiro longa-duração, Showbiz. «Uno», «Unintended» e «Muscle Museum» fizeram parte do EP Muscle Museum e seriam todas editadas como single do álbum de estreia, com os dois últimos temas e captarem atenções quer nas rádios britânicas quer nas de outros países europeus. Curiosamente, foi nos Estados Unidos que uma grande editora primeiro apostou neles – a Maverick Records, fundada por Madonna e pertença da Warner abriu-lhes as portas para novos contratos com distribuidoras um pouco por toda a Europa.

O sucesso relativo a Showbiz, que conseguiu atingir galardões de ouro no Reino Unido e Austrália, veio também acompanhado de críticas depreciativas: acusavam-nos, principalmente, de se colarem a um registo semelhante ao dos então já bem estabelecidos Radiohead. O trio permaneceu fiel aos seus objectivos e subiu mais uns degraus em direcção à conquista de um lugar no mundo do rock com Origin of Symmetry, disco de 2001 que chegaria ao terceiro lugar do top de vendas britânico, muito por culpa dos bem sucedidos singles «Plug In Baby» e «New Born». Foi também neste segundo longa-duração que a banda deixou antever um futuro marcado pela experimentação de sonoridades e diferentes estéticas, apostando na utilização de órgãos de igreja e outros teclados. Bellamy começava também a experimentar técnicas mais arrojadas de guitarra, citando como grandes influências nomes como Jimi Hendrix ou Tom Morello, dos Rage Against the Machine. O homem que dava a cara pela banda ver-se-ia responsabilizado pela não edição do segundo registo do lado de lá do Atlântico, isto porque se recusava a aceder aos pedidos da Maverick para refrear os falsetes que, apesar de começarem a tornar-se imagem de marca, na opinião da editora não eram «radio-friendly» (o disco só ficaria disponível nos Estados Unidos quatro anos depois).

Em 2003, saía para as lojas Absoluition, álbum que lidava pela primeira vez com temáticas políticas que são exploradas de forma frontal em trabalhos mais recentes. O disco estrearia a banda no topo das vendas de álbuns britânicas (e francesas também) e garantia-lhes com «Time Is Running Out» o single de maior sucesso até à época – só ultrapassado, três anos mais tarde, por «Supermassive Black Hole». Black Holes & Revelations, o quarto longa-duração, saiu para as lojas em 2006 e tornou-se o primeiro a colher entusiasmo generalizado por parte da crítica -  chegou a ser nomeado para o reputado Mercury Prize, mas o prémio fugiu das mãos dos Muse para as do novatos Arctic Monkeys. O já mencionado «Supermassive Black Hole», «Starlight» e «Knights of Cydonia» seriam os singles mais bem-sucedidos de um disco que alcançou a dupla platina em território britânico.

O rock é demaisado recente para se dizer que os Beatles e os Rolling Stones não podem ser ultrapassados» Matthew Bellamy à Spin



Megalomania: primeiro o mundo, depois a América
A voz crítica de Bellamy foi-se aprimorando ao longo da carreira discográfica dos Muse. Se no primeiro álbum a banda estava muito concentrada em si própria, em Origin of Symmetry já mostrava alguns sinais de abertura e em Absolution e Black Holes & Revelations a geopolítica tornou-se um dos temas de eleição do músico (ouçam-se «Apocalypse Please» do primeiro ou «Exo-Politics» do segundo e veja-se também o teledisco de «Time Is Running Out»). Em 2009, ao quinto álbum de estúdio, o trio voltou a arriscar com um conceptual The Resistance, primeiro a ser produzido pela própria banda, que não só aposta em orquestrações sumptuosas como tem a ousadia de usar coros que eram uma marca distintiva da sonoridade dos Queen.

«Queremos ser recordados como uma das melhores bandas da história do rock», disse Bellamy à revista norte-americana Spin aquando da edição do quinto álbum de estúdio, reconhecendo logo de seguida que para isso era necessário vingar de forma sustentada nos Estados Unidos. O álbum ascendeu ao terceiro posto da tabela de vendas norte-americana, tornando-se o maior sucesso do trio do outro lado do Oceano Atlântico.

Depois de anos a tentar, a porta de entrada dos Muse em Terras de Tio Sam escancarou-se muito por culpa de dois factores que lhes são, de certa forma, externos: os irlandeses U2 convidaram-nos para assegurar as primeiras partes da digressão norte-americana em 2009 e uma das escritoras da moda, Stephenie Meyer (autora da história de vampiros Crepúsculo) apontou-os como grande fonte de inspiração – como consequência, a banda acabaria por participar nas muito bem sucedidas versões cinematográficas da saga literária de Meyer. Sobre a experiência de assegurar as primeiras partes dos concertos da banda de Bono Vox, Matthew Bellamydisse apenas que os tinha feito descer à terra: «Lembra-nos de que estamos a sair-nos bem, mas não tão bem quanto eles», disse o músico à Rolling Stone.

Aquilo que os Muse querem conquistar com The Resistance é algo que nunca esconderam: ser uma das maiores bandas do planeta, sem falsas modéstias. O álbum que Bellamy descreve à revista britânica Q como «o culminar de tudo o que nós sabemos sobre música, cada estilo que alguma vez tocámos e cada ideia que alguma vez tivemos» constitui, no plano da banda, um passo de gigante nesse sentido.



Nomes intocáveis não existem para o cantor e guitarrista, que não se sente minimamente amedrontado com os grandes ídolos do rock: «Há uma “fetichização” do passado. O rock é demasiado recente para se dizer que os Beatles e os Rolling Stones não podem ser ultrapassados. Puramente em termos sonoros, podem. Se os Beatles estivessem por aí hoje, estariam a fazer o que nós estamos a fazer e a trabalhar com a mesma tecnologia de ponta», desabafa em declarações á Spin. De língua bem afiada, o músico critica também outras bandas que não lhe merecem respeito, «Não vou dizer agora nomes, mas olho à nossa volta e vejo uma data de pessoas que encaram a música como um hobby. Nós passamos meses em estúdios e fazemos digressões de anos. As pessoas não estão a viver para isto como nós estamos. Não é uma questão de vida ou de morte para elas». 

Viver para respirar música parece ser o lema dos Muse e bastará vê-los ao vivo e a cores, num espectáculo que promete ser inesquecível no Palco Mundo do Rock In Rio Lisboa, para continuar isso.

Fotogaleria: Um macho na Finlândia


Desfeitas mesmo as dúvidas sobre a orientação sexual do Dom, temos um macho novo em Helsínquia

terça-feira, 27 de julho de 2010

Votações: Q Awards 2010 - Abertas votações para as nomeações



AQ Magazine abriu as suas votações para o Q Awards, galardões que elegem os melhores do mundo da música.

A já tradicional entrega de prémios, acontecerá no dia 25 de Outubro, e contará com diversas presenças especiais, pois neste ano se completa 21 anos da cerimónia.

As categorias vão desde ‘Best Live act’, ‘Best Album’ a ‘Best Act in The World Today’ e já se pode votar desde já.

The Q Awards

Entrevista na Noruega


Aproveitando que a banda estava a passar pelo país, Matthew deu uma entrevista a um site local. Na entrevista, ele comenta que é grande fã de Rage Against the MachineNirvana e Jimmy Hendrix.
Veija a tradução da entrevista.

Então, Matthew Bellamy, numa escala internacional, Bergen é uma cidade muito pequena. Por que vocês decidiram incluí-la na turnê?

Nós tocamos aqui uma vez, há muito tempo, , divertimo-nos bastante aqui. Foi uma das nossas primeiras experiências pela Europa, deve ter sido há pelo menos uns dez anos. Sempre tivemos óptimos concertos em Oslo e na Escandinávia em geral, mas é divertido vir a um lugar mais original, e esta cidade lembra-me um pouco o lugar onde eu cresci também, no interior na Inglaterra.

Da última vez que vocês vieram aqui, vocês tocaram no Rock Club Garage, não foi?

Sim, é isso mesmo.

Você ainda se lembra de alguma coisa desse concerto?

Acho que eu estava com o cabelo branco. É verdade? Não tenho certeza, mas acho que estava, sim. Lembro-me de ter vários problemas técnicos, mas o público era muito bom.

Como a banda mudou desde então?

Mudou muito, muito. Acho que nos abrimos mais musicalmente, tornamo-nos menos sérios no nosso método, e mais sérios em alguns aspectos. Realmente crescemos.

A vossa música é descrita como uma mistura de muito gêneros diferentes. E muito citado rock pregressivo. Vocês se sentem como uma banda progressiva? Você é o salvador do progressivo moderno?

Acho que as nossas músicas mais populares não são progressivas na verdade, são pop, ou pop rock, como Starlight, Time is Running Out. Mas acho que tivemos umas músicas nos nossos álbuns como Space Dementia ou Knights of Cydonia, que são muito influenciadas pelo progressivo dos anos 70, ai sim entendo porque as pessoas dizem isso. Mas se você ver as nossas músicas mais populares, verá que não somos uma banda progressiva de verdade.

Os Seus fãs tiveram a chance de pedir músicas no seu site. Houve algum pedido inusitado?

Eles sempre pedem a mesma música, Citizen Erased, a não ser por aqui, onde estavam pedindo Bliss, que é uma música do nosso segundo álbum. Percebi que, no sul, todos escolhem Citizen Erased, mas no norte, escolhem Bliss.

Como você interpreta isso?

Não sei, talvez aqui em cima as pessoas queiram pular mais, enquanto no sul elas querem viajar mais e se perder na música.

Pelo que eu já experienciei, os músicos gostam de trocar referências musicais. Que banda te fez querer se tornar um músico?

Sempre gostei muito do Rage Against the Machine, das músicas mais antigas dos Nirvana, Jimmy Hendrix. Esses foram os artistas que eu encontrei primeiro no hard rock. Antes disso eu escutava principalmente música pop, clássica ou outros gêneros.

Falei com alguns dos seus fãs que estavam na fila lá fora desde as oito da manhã, e eles queriam que eu te pedisse dicas para jovens músicos que aspiram ser tão grandes quanto os Muse.

Só é preciso trabalhar duro, estar preparado fazer muitas turnês. Algumas bandas ficam presas tentando aparecer nas rádios ou conseguir um contrato, ou até por causa de relacionamentos pessoais dentro da banda. Ter tolerância e ser capaz de trabalhar duro por muito tempo são, às vezes, as coisas mais dífíceis de conseguir, especialmente quando você trabalha há muito tempo. Então, não espere que não seja um emprego, porque é um emprego.

Onde você vê so Muse daqui a dez anos?

Espero que em Bergen, conversando com você num dia ensolarado. Ficaria muito feliz se esse fosse o meu futuro.

sábado, 24 de julho de 2010

Concertos: Bergenhus Festning, Bergeus, Noruega (23 de Julho)


Um concerto sem muitas diferenças em relação ao realizado em Helsínquia, com também a Exogenesis Parte 1 Overture a iniciar uma setlist "apetecível", e também se notou a ausência do OVNI, desta vez também devido á enorme claridade presente no recinto do festíval. Sobre um imenso sol, os Muse levaram os Noruegueses ao rubro, fazendo lembrar o Rock In Rio Lisboa 2010, mas com menos pessoas e mais claridade e melhor setlist.

Setlist (com links para os vídeos disponíveis no YouTube)

  1. Exogenesis: Symphony Part I (Overture)
  2. Uprising (Extended)
  3. Kaoss Jam + Supermassive Black Hole
  4. Map of the Problematique
  5. New Born
  6. Interlude + Hysteria
  7. Nishe
  8. United States of Eurasia
  9. Feeling Good
  10. Bliss (Long)
  11. MK Jam
  12. Undisclosed Desires
  13. Resistance
  14. House of the Rising Sun intro + Time Is Running Out
  15. Starlight
  16. Stockholm Syndrome 
    Encore
  17. Burning Bridges intro + Plug In Baby
  18. Man with a Harmonica intro + Knights of Cydonia


Concertos: Kaisaniemi Festival - Helsínquia (Finlândia)


Apesar de não ser considerado um festival, os Muse deram um concerto de final de tarde em Helsínquia no passado dia 19 de Julho para uma multidão de 21 mil pessoas. Novidades deste concerto foram o "regresso" da colmeia-padrão, depois de não ter estado presente no Positivus Festival na Letónia, também ainda de referir o facto de a Exogenesis parte 1 Overture ter aberto a Setlist do concerto e também a ausência (mais uma vês) do OVNI, devido á claridade presente no local do concerto.

Setlist (com links para vídeos disponíveis no YouTube)

  1. Exogenesis: Symphony Part I (Overture)
  2. Uprising
  3. Kaoss Jam + Supermassive Black Hole
  4. Map of the Problematique (abaixe o volume e não se assuste com os gritos XDD)
  5. New Born
  6. Interlude + Hysteria
  7. Nishe
  8. United States of Eurasia
  9. Feeling Good
  10. Bliss
  11. MK Jam
  12. Undisclosed Desires
  13. Resistance
  14. Time Is Running Out
  15. Starlight
  16. Stockholm Syndrome 

    Encore
  17. Plug In Baby
  18. Man with a Harmonica intro + Knights of Cydonia




Concertos: Positivus Festival - Letónia


Novidades deste concerto foram o facto de não usarem a colmeia-padrão do The Resistance, onde o palco era enorme, e também a música Cave ter entrado na setlist, de onde tinha sido retirada há uns tempos.


Setlist (com links para videos disponíveis no YouTube)

1. Resistance
2. Supermassive Black Hole
3. Map of the Problematique
4. Uprising (riff version)
5. New Born (aqui outro video com outro ângulo dos lasers!)
6. Interlude + Hysteria
7. Nishe
8. United States of Eurasia (e aparentemente haviam muitos insetos lá)
9. Cave
10. House of the Rising Sun riff + Time Is Running Out
11. Undisclosed Desires
12. Starlight
13. Unnatural Selection
Encore
14. Plug in Baby
15. Man with a Harmonica + Knights of Cydonia

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Entrevistas: Chris fala sobre os Muse terem "vendido a alma" aos filmes da saga Twilight




Chris Wolstenholme verbalizou aquilo que muitos fãs acusam a banda britânica de fazer.

Chris Wolstenholme, baixista dos Muse, disse em entrevista à BBC que o facto de a banda ter "emprestado" três canções às bandas-sonoras dos filmes de vampiros adolescentes da saga Twilight foi um pouco como "vender a alma".

"Não sei o quão fixe é entrar neste tipo de coisas, mas às vezes tens de divulgar a tua música de formas diferentes. Tens de agarrar qualquer oportunidade para chegar lá e às vezes tens de vender a tua alma", explicou o músico, referindo-se particularmente ao facto de a banda ter conseguido desta forma ter sucesso nos Estados Unidos."

Recorde-se que os Muse contribuiram com os temas "Supermassive Black Hole" para Crepúsculo, com "I Belong to You" para Lua Nova (Remixado) e com "Neutron Star Collision (Love Is Forever)" para Eclipse

terça-feira, 13 de julho de 2010

Entrevista com Matthew no Daily Star

Antes de tocar no Oxegen Festival, Matt conversou com o jornal Daily Star sobre o festival e contou mais coisas sobre o próximo álbum. Veja a tradução:






Novamente, eles (os Muse) elevaram o seu nível significantemente. Com o último album, The Resistance, eles estão  juntamente com os U2 na disputa para a maior banda ao vivo do mundo. Mas na nossa entrevista exclusiva com os Muse, antes de seu espetaculo no sábado, o frontman Matt Bellamy foi modesto em relação ao seu status.

“Nós temos pelo menos mais uns 10 anos pela frente, antes de chegarmos ao estatuto dos U2. Eles são uma inspiração para nos, especialmente quando se trata de realizar um show ao vivo”.
A banda abriu Concertos para Bono e sua turma no ano passado – e conseguiram convidar The Edge para tocar com eles no Glastonbury, no mês passado. Matt explica:

“Nós sentimo-nos mal pela multidão, já que os U2 tiveram que cancelar sua apresentação no festival. Decidimos tocar ‘Where the Streets Have No Name’, mas não consegui tocar a parte da guitarra, então convidamos The Edge”.

O guitarrista dos U2 não repetiu a sua participação especial no Oxegen, no sábado, mas isso não foi preciso, uma vez que o trio – completado por Chris Wolstenholme e Dominic Howard – apresentou um set enérgico.

“Nós pensamos na Irlanda como uma segunda casa agora. Chris mora em Dublin com sua família e uma boa parte da minha família vem do Norte, eles vieram para nos ver”, diz Matt.

“Tocaremos nosso "setlist de festival" no Oxegen. Nós fazemos shows de estádio com OVNI’s, plataformas que giram e todo esse tipo de coisa, mas não podemos trazê-los para os festivais. Tentamos compensar isso usando roupas engraçadas e tocando setlists imprevisíveis.”

Famosos por os seus espetaculares designs e visuais de palco, nós nos perguntamos se a confiança na tecnologia é às vezes um obstáculo.

“Ah, sim. Nós definitivamente já passamos por alguns problemas. Como nos concertos em casas fechadas, em que tínhamos três plataformas móveis que subiam a 6 ou 7 metros do chão. No começo, havia uma cortina que caía e nos revelava, mas nos primeiros shows, ela sempre ficava presa. Numa das apresentações, a cortina caiu em cima de mim, então eu tive que tocar com aquele pano enorme em cima de mim, parecendo um fantasma. Mas eu acho que os fãs gostam quando passamos vergonhas”.

Quando o assunto é a direção do próximo album, Bellamy explica a diferença entre músicas recentes, como Knights of Cydonia, e material mais antigo, como Sunburn.

“Nós estamos a ser influenciados pelos nossos shows ao vivo e fazendo músicas relevantes para esse tipo de ambiente. O pronome, que antes era “eu”, agora é “nós”. A  Minha vida pessoal mudou radicalmente no ano passado, muitas coisas aconteceram, então é possível que trabalhemos com coisas mais pessoais. Já escrevi algumas coisas que soam mais maduras, são basicamente menos orquestradas e mais enxutas. Se o álbum inteiro será assim, aí já é outra história”.

As coisas pessoais, caso esteja a pensar nisso, têm muito a ver com sua namorada, Kate Hudson. Bellamy conheceu a atriz em abril e eles têm sido um casal desde então. Recentes reportagens sugerem que a relação é muito séria, já que Matt irá conhecer a sua sogra, Goldie Hawn, e não nega a possibilidade de casamento no futuro. Mas quando é confrontado sobre a loira, ele diz que essas citações são “absolutamente inventadas”, mas acrescenta que tudo está indo muito bem.

Vote, Muse no Teen Choice Awards



Mais uma votação em que os Muse marcam persença! Desta vez é o Teen Choice Awards. Os Muse estam a concorrer mais uma vez na categoria Rock Group, junto a grandes nomes como MGMT, Kings of Leon, Paramore e Train.
Para votar, é necessário fazer um cadastro, mas e rápido. Mas vale lembrar que para poder votar, tens que ser Teen (adolescente). Vota aqui.




Reportagem: HAARP - O Concerto que mudou a carreira dos Muse


Wembley Stadium, em Londres, dia 16 e 17 de Junho de 2007. É esta a data e local que mudou a carreira dos Muse. 

Se há concertos que mudam a carreira das bandas, os Muse então podem dizer que têm dois, um em 2004 no festival Glastonbury, e outro, em 2007, o mais épicos de todos, no novo e mítico estádio de Wembley, famoso estádio inglês de futebol e "sala" de espectáculos. Este concerto teve um carisma especial, porque foram a primeira banda a esgotar o remodelado Wembley Stadium em duas datas diferentes. 

160 mil pessoas foram os presentes neste concerto que deixa ainda cheios de inveja quem não lá esteve e vê apenas num DVD. A maior pergunta que se impõe é: Porque mudou este concerto a carreira dos Muse??

A resposta é simples, conquistar o maior palco da Europa pode ter como significado para Matt Bellamy a conquista do sucesso da banda na Europa. Os Muse já eram, muito antes do Black Holes & Revelations, a banda que esgotava festivais (caso do Super Bock Super Rock em Portugal, Glastonbury e T in the Park no Reino Unido), e quando anunciaram o concerto no Wembley Stadium, rapidamente se esgotou a primeira e única data inicial e idealizada, mas os Muse não se ficaram por uma data e usaram a sua megalomania e arriscaram tentar esgotar o Wembley com uma segunda data... e conseguiram, tal como no primeiro dia, os bilhetes facilmente se esgotaram.

Capa do CD do concerto e bilhetes

Já sobre o concerto, a referir a espectaculosidade de 3 músicas, que levantaram o estádio de tal maneira que tornam o concerto muito épico.

Knights of Cydonia


A genialidade de Matt Bellamy e o talento para os riffs e acordes na sua guitarra tornam logo a primeira música da setlist a que anima o público. A música em si já é espectacular, mas em Wembley tornou-se ainda mais, quando Matt Bellamy puxou pelo público ao dizer "come on Wembley".

Time is Running Out



Talvez a música mais famosa dos Muse, dai ter sido cantada por 90 mil pessoas, com Matt Bellamy a servir de maestro para um Wembley rendido á sua magia contagiante.

Plug in Baby



Só o riff inicial que Matt Bellamy realiza, deixa qualquer pessoa cheia de inveja de não ter assistido a este momento único do concerto. Este riff é ainda hoje falado pelos fãs dos Muse como a "Sirene de Wembley" devido ao seu enorme ruído que terá provocado.

Meses passados após o concerto, já decorria o ano de 2008, quando foi lançado o CD e DVD do concerto, que entrou directamente para o Top 10 de vários países, incluíndo Portugal (onde esteve no nono lugar).

CD contém faixas do concerto de dia 16 de Junho

Setlist do CD
1. "Intro/"Dance of the Knights"                   1:44
2. "Knights of Cydonia"                           6:37
3. "Hysteria"                                           4:19
4. "Supermassive Black Hole"                   4:01
5. "Map of the Problematique"                   5:22
6. "Butterflies and Hurricanes"                   5:56
7. "Invincible"                                           6:15
8. "Starlight"                                           4:13
9. "Time Is Running Out"                           4:23
10. "New Born"                                           8:16
11. "Unintended"                                           4:26
12. "Micro Cuts"                                           3:37
13. "Stockholm Syndrome"                           7:47
14. "Take a Bow"                                      4:42
15. "City of Delusion" (versão do iTunes) 5:08

DVD com o concerto de dia 17 de Junho

Setlist do DVD com links de visualização disponíveis

1. "Intro/"Dance of the Knights"              1:50
2. "Knights of Cydonia"                          6:29
3. "Hysteria"                                            4:11
4. "Supermassive Black Hole"              4:12
5. "Map of the Problematique"              5:08
6. "Butterflies and Hurricanes"              6:13
7. "Hoodoo"                                      3:32
8. "Apocalypse Please"                      4:45
9. "Feeling Good"                              3:46
10. "Invincible"                                      5:49
11. "Starlight"                                         4:14
12. "Improv"                                              0:52
13. "Time Is Running Out"                      4:30
14. "New Born"                                      9:16
15. "Soldier's Poem"                              2:19
16. "Unintended"                                      4:42
17. "Blackout"                                      5:02
18. "Plug In Baby"                              4:27
19. "Stockholm Syndrome"                      8:06
20. "Take a Bow" (inclui créditos finais)     10:00
                                          
             
A verdadeira razão para este ter concerto ter mudado a carreira dos Muse foi por duas razões. Uma delas foi o facto da Europa estar rendida aos seus riffs e sonoridade de música clássica com rock alternativo, e ainda mais, de num estádio ter uma sonoridade tão boa quanto Queen em 1986. A outra razão foi pelo facto de depois deste concerto, os Muse estarem a ser considerados a melhor banda ao vivo do planeta desde 2008, o HAARP foi a principal razão e para tal. 

Os Muse partem agora á conquista da América, especialmente dos Estados Unidos, onde já têm muitos concertos agendados nas principais arenas. Uma questão fica no ar, será que Wembley 2010 vai ser melhor e mais inovador que 2007?

MUSE - UPRISING